“Pois nós somos um santuário do Deus vivo.” - Paulo - ( II Coríntios, 6:16 )
Amados irmãos, bom dia!
"O esforço individual estabelece a necessária diferenciação entre as
criaturas, mas a distribuição das oportunidades divinas é sempre a mesma para
todos.
Indiscriminadamente, todas as pessoas recebem possibilidades idênticas de
crescimento mental e elevação ao campo superior da vida. O Senhor continua ensinando e amando, orientando e dirigindo, mas, porque a surdez prossegue sempre, chegam a seu tempo as bombas renovadoras do
sofrimento, convidando a mente desviada e obscura à descoberta dos valores que lhe
são próprios, reintegrando-a no santuário de si mesma para o reencontro sublime
com a Divindade." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-
Saindo, porém, aquele servo, encontrou um dos seus conservos que lhe
devia cem dinheiros e, lançando mão dele, sufocava-o, dizendo: Paga-me o que
me deves. Então, o seu companheiro, prostrando-se a seus pés, rogava-lhe, dizendo:
Sê generoso para comigo, e tudo te pagarei. Ele, porém, não quis; antes,
foi encerrá-lo na prisão, até que pagasse a dívida (Mt 18: 28-30).
"A situação, aqui, é outra. O mesmo devedor que teve a dívida perdoada,
se revela como pessoa mesquinha e implacável: «Pois bem, mal havia obtido
tão generoso atendimento, eis que encontrou um companheiro que lhe devia
uma bagatela, ou sejam, cem denários [ou cem dinheiros] [...] e, para reaver o
seu dinheiro, não titubeou em usar de recursos violentos.»
Infelizmente, esta tem sido a regra geral da conduta humana. Há pessoas
que estão sempre prontas para receber benefícios e defender os próprios interesses.
Não procedem, porém, da mesma forma para com o próximo. Trata-se
de um comportamento contraditório, considerando que somos carentes do
perdão e da misericórdia de Deus, e das pessoas que ofendemos. Não foi por
acaso que Jesus incluiu na oração “Pai Nosso” a sentença: “Perdoa-nos as nossas
dívidas, assim como nós perdoamos aos nossos devedores” (Mt 6:12).
O conceito de perdão, segundo o Espiritismo, é idêntico ao do Evangelho, que lhe é
fundamento: concessão, indefinida, de oportunidades para que o ofensor se arrependa, o
pecador se recomponha, o criminoso se libere do mal e se erga, redimido, para a ascensão
luminosa. Quem perdoa, segundo a concepção espírita-cristã, esquece a ofensa. Não
conserva ressentimentos. Ajuda o ofensor, muita vez sem que este o saiba. Não convém
ao aprendiz sincero, sob pena de ultraje à própria consciência, adotar um perdão formal,
aparente, socialmente hipócrita. Perdão formal é o que não tem feição evangélica. Guarda
rancor. Alegra-se com os insucessos do adversário. Nega-lhe amparo moral e material.
Faltou ao personagem que possuia uma grande dívida agir com misericódia,
mesmo recebendo-a em abundância. É regra da vida que, quem age
com misericódia, perdoa. Quem perdoa, é perdoado. “Porque, se perdoardes
aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celestial vos perdoará a vós. Se,
porém, não perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai vos não
perdoará as vossas ofensas” (Mt 6: 14-15).
O perdão se reveste de grande poder moral porque se fundamenta na Lei
do Amor e da Caridade. Assim, se «[...] pretendemos banir os males do mundo,
cultivemos o amor que se compadece no serviço que constrói para a felicidade
de todos. Ninguém se engane. As horas são inflexíveis instrumentos da Lei que
distribui a cada um, segundo as suas obras.» " -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
508. Os Espíritos que se achavam em boas condições ao
deixarem a Terra, sempre podem proteger os que lhes
são caros e que lhes sobrevivem?
“Mais ou menos restrito é o poder de que desfrutam. A
situação em que se encontram nem sempre lhes permite
inteira liberdade de ação.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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