“Porque para isto sois chamados; pois também o Cristo
padeceu por nós, deixando-nos o exemplo.” - Pedro - ( I Pedro, 2:21 )
Amados irmãos, bom dia!
"Todos os chamados ao trabalho evangélico não podem esquecer as
necessidades do serviço. O Mestre, naturalmente, precisa companheiros que n’Ele confiem, mas não
prescindirá dos que se revelem colaboradores fiéis de sua obra. É indispensável que as turmas de bons obreiros se dirijam às zonas de
serviço, preparados para os testemunhos dos ensinamentos recebidos." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-
Interpretação do texto evangélico:
E disse: Um certo homem tinha dois filhos. E o mais moço deles disse
ao pai: Pai, dá-me a parte da fazenda que me pertence. E ele repartiu por eles a
fazenda. E, poucos dias depois, o filho mais novo, ajuntando tudo, partiu para
uma terra longínqua e ali desperdiçou a sua fazenda, vivendo dissolutamente.
E, havendo ele gastado tudo, houve naquela terra uma grande fome, e começou
a padecer necessidades. E foi e chegou-se a um dos cidadãos daquela terra, o
qual o mandou para os seus campos a apascentar porcos. E desejava encher o seu estômago com as bolotas [ou alfarrobas] que os porcos comiam, e ninguém
lhe dava nada (Lc 15:11-16).
"O filho mais moço, identificado “pródigo”, tinha uma personalidade ativa,
mais determinada, enquanto seu irmão revela-se acomodado no contexto
em que vivia. Sentindo, porém, necessidade de vivenciar outras experiências,
à distância do lar, o caçula da família comunica ao pai este desejo e solicita-lhe
a parte da herança que lhe cabia. O pai não só lhe atende o pedido, como
demonstra compreender ser um acontecimento natural. Divide a herança
entre os filhos, de forma justa, não interpondo obstáculo à manifestação do
livre-arbítrio dos seus herdeiros.
O texto evangélico informa que “o filho mais novo, ajuntando tudo,
partiu para uma terra longínqua”, isto é, manteve-se distante da proteção
paterna, conduzindo a existência na forma que lhe aprazia, segundo os critérios
estabelecidos pela vida material. É por esse motivo que o filho pródigo
«[...] é a personificação daquele que se entrega desvairadamente aos prazeres
sensuais, concentrando na gratificação dos sentidos todas as suas aspirações
e idéias, consumindo em bastardos apetites as riquezas herdadas do divino
progenitor.»
O desregramento da conduta produziu-lhe grande sofrimento. «[...]
Empobrecido e arruinado, faminto e roto, espiritual e materialmente, acaba
reconhecendo-se o único culpado de tamanha desventura, o único responsável
pela crítica situação em que se vê.» Arrependendo-se dos erros cometidos, o jovem toma, então, a decisão
de retornar à casa paterna. A disposição para se reajustar perante a lei divina
é o primeiro sinal de transformação moral que, em geral, atinge os que se
transviaram ao longo da caminhada evolutiva.
A história desse moço desassisado é a da grande maioria dos homens. Verificamos no
transcurso dos acontecimentos passados com ele a manifestação das leis naturais que
regem o destino das almas na sua caminhada pela senda intérmina da vida, sob o influxo
incoercível da evolução. [...]
O desfecho de toda a odisséia dos pecadores que passam pela
Terra, é o retorno ao lar paterno. [...] Outro ensinamento de relevância que da mesma
ressalta é o que respeita à doutrina da causalidade [lei de causa e efeito], propagada pela
Terceira Revelação. A redenção do Pródigo deu-se mediante a influência dessa lei. Ele
criou uma série de causas que determinaram uma série de efeitos análogos. Como as
causas eram más, os efeitos foram dolorosos. Suportando-os, como era natural, e não
como castigo ou pena imposta por agente estranho, o moço acabou compreendendo a
insensatez que praticara, considerando-se, outrossim, o próprio causador dos sofrimentos
e da humilhação que suportava." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
487. Dentre os nossos males, de que natureza são os de
que mais se afligem os Espíritos por nossa causa?
Serão os males físicos ou os morais?
“O vosso egoísmo e a dureza dos vossos corações. Daí
decorre tudo o mais. Riem-se de todos esses males imaginários
que nascem do orgulho e da ambição. Rejubilam
com os que redundam na abreviação do tempo das vossas
provas.”
Sabendo ser transitória a vida corporal e que as tribulações
que lhe são inerentes constituem meios de alcançarmos melhor
estado, os Espíritos mais se afligem pelos nossos males devidos a
causas de ordem moral, do que pelos nossos sofrimentos físicos,
todos passageiros.
Pouco se incomodam com as desgraças que apenas atingem
as nossas idéias mundanas, tal qual fazemos com as mágoas
pueris das crianças.
Vendo nas amarguras da vida um meio de nos adiantarmos,
os Espíritos as consideram como a crise ocasional de que resultará
a salvação do doente. Compadecem-se dos nossos sofrimentos,
como nos compadecemos dos de um amigo. Porém, enxergando as coisas de um ponto de vista mais justo, os apreciam de
um modo diverso do nosso. Então, ao passo que os bons nos
levantam o ânimo no interesse do nosso futuro, os outros nos
impelem ao desespero, objetivando comprometer-nos.
Que a graça e a paz sejam conosco!
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