“Não desprezes o dom que há em ti” - Paulo - ( I Timóteo, 4:14 )
Amados irmãos, bom dia!
"Recorda, pois, meu amigo, que podes ser o intermediário do Mestre, em
qualquer parte. Basta que compreendas a obrigação fundamental, no trabalho do bem, e
atendas à Vontade do Senhor, agindo, incessantemente, na concretização dos
Celestes Desígnios. Não te aflijas, portanto, se ainda não recebeste a credencial para o
intercâmbio direto com o plano invisível, sob o ponto de vista fenomênico. Se
suspiras pela comunicação franca com os espíritos desencarnados, lembrate de que
também és um espírito imortal, temporariamente na Terra, com o dever de aplicar o
sublime dom de servir que há em ti mesmo." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-
Interpretação do texto evangélico:
Porque isto é também como um homem que, partindo para fora da
terra, chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus bens, e a um deu
cinco talentos, e a outro, dois, e a outro, um, a cada um segundo a sua
capacidade, e ausentou-se logo para longe. E, tendo ele partido, o que
recebera cinco talentos negociou com eles e granjeou outros cinco talentos.
Da mesma sorte, o que recebera dois granjeou também outros dois.
Mas o que recebera um foi, e cavou na terra, e escondeu o dinheiro do
seu senhor. (Mt 25:14-18).
"Por estas palavras, ensina Jesus sobre a confiança depositada
por Deus a seus filhos, concedendo-lhes o gerenciamento de bens, de
acordo com as possibilidades de cada um.
Se te afeiçoas, assim, aos ideais de aprimoramento e progresso, não te
afastes do trabalho que renova, do estudo que aperfeiçoa, do perdão
que ilumina, do sacrifício que enobrece e da bondade que santifica...
Lembra-te que o Senhor nos concede tudo aquilo de que necessitamos
para comungar-lhe a glória divina, entretanto, não te esqueças de
que as dádivas do Criador se fixam, nos seres da Criação, conforme
a capacidade de cada um.
O texto revela também a bondade divina, sempre plena de misericórdia,
que fornece, em cada experiência reencarnatória, as bênçãos
necessárias ao reajuste espiritual. Neste sentido, aconselha Emmanuel:
“Melhorar para progredir — eis a senha da evolução. [...] Não olvides
que os talentos de Deus são iguais para todos, competindo a nós outros
a solução do problema alusivo à capacidade de recebê-los.” Os servidores que receberam os talentos representam três diferentes
categorias evolutivas de Espíritos.
Os que recebem cinco talentos são Espíritos já mais experimentados,
mais vividos, que aqui reencarnam para missões de repercussão social; os que recebem dois, são destinados a tarefas mais restritas, de âmbito
familiar; os que recebem um, não têm outra responsabilidade senão
a de promoverem o progresso espiritual de si mesmos, mediante a
aquisição de virtudes que lhes faltam.
Os servidores incluídos nos dois primeiros grupos corresponderam
à confiança do Senhor. Demonstraram responsabilidade
perante as dádivas recebidas, agindo com diligência, bom senso,
trabalho e dedicação, de sorte que conseguiram duplicar os benefícios
que lhes foram confiados.
O terceiro depositário, entretanto, não seguiu o exemplo dos
demais. Portador de personalidade inibida e temerosa, imatura e
descompromissada, não soube utilizar, como deveria, a concessão
celeste. Representa os homens que usam mal os dons recebidos do Pai
Celestial.
A maioria das pessoas, no estágio atual de evolução, procede
de forma similar, daí a necessidade das inumeráveis reencarnações
como processo reeducador.
Há milhares de pessoas que efetuam a romagem carnal, amontoando
posses exteriores, à gana de ilusória evidência. [...] E imobilizam-se
do medo ou do tédio [...], até que a morte lhes reclama a devolução do
próprio corpo. Não olvides, assim, a tua condição de usufrutuário do
mundo e aprende a conservar no próprio íntimo os valores da Grande
Vida. [...] Lembra-te de que amanhã restituirás à vida o que a vida te
emprestou, em nome de Deus, e que os tesouros do teu Espírito será
apenas aqueles que houveres amealhado em ti próprio, no campo da
educação e das boas obras.
Os talentos simbolizam os infinitos recursos divinos, disponibilizados
pelo Criador supremo em prol do nosso progresso espiritual.
O Espírito Irmão X nos apresenta, de forma criativa e inteligente, duas
versões da parábola, nos livros Luz acima e Estante da vida, respectivamente.
Apresentamos, em seguida, as ideias gerais existentes no
primeiro livro.
Relata o Espírito amigo que os talentos recebidos pelo primeiro
servo foram: saúde, riqueza, habilidade, discernimento e autoridade.
O Senhor prestou-lhe, também, as seguintes recomendações: “[...]
Multiplica-os, aonde fores, em benefício dos meus filhos e teus irmãos
que, em situação inferior à tua, avergados ao solo do planeta a que
levarás minhas bênçãos, se esforçam mais intensamente”.
Dirigindo-se ao segundo servidor, o Senhor orientou-o, assim:
— Transporta contigo estas duas preciosidades, que se destinam ao
esclarecimento e auxílio do mundo a que te diriges. São ambas, a inteligência
e o poder. Estende estes patrimônios respeitáveis às minhas
construções eternas. Ao terceiro, confiou apenas um “talento”, aclarando, cuidadoso:
— Apossa-te desta lâmpada sublime e segue. É a dor, o dom celeste
da iluminação espiritual. Acende-a em teu campo de trabalho, em
favor de ti mesmo e dos semelhantes. Seus raios abrem acesso aos
tabernáculos divinos." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
497. Pode um Espírito protetor deixar o seu protegido à mercê
de outro Espírito que lhe queira fazer mal?
“Os maus Espíritos se unem para neutralizar a ação
dos bons. Mas, se o quiser, o protegido dará toda a força ao
seu protetor. Pode acontecer que o bom Espírito encontre
alhures uma boa vontade a ser auxiliada. Aplica-se então
em auxiliá-la, aguardando que seu protegido lhe volte.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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