“Guardando o mistério da fé numa consciência pura.” - Paulo - ( I Timóteo, 3:9 )
Amados irmãos, bom dia!
"É imprescindível guardar a fé e a crença em sentimentos puros. Sem isso, o homem oscilará, na intranquilidade, pela insegurança do mundo
íntimo. A consciência obscura ou tisnada inclina-se, invariavelmente, para as
retificações dolorosas, em cujo serviço podem nascer novos débitos, quando a
criatura se caracteriza pela vontade frágil e enfermiça. O divino mistério da fé viva é problema de consciência cristalina. Trabalhemos, portanto, por apresentarmos ao Pai a retidão e a pureza dos
pensamentos." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )-
"Ao enviar três servos de confiança para servi-Lo em propriedade distante,
onde outros milhares de trabalhadores, em diversos degraus da virtude e
da sabedoria, lavravam a terra em louvor de tua grandeza divina, o Supremo
Senhor chamou-os à sua presença e distribuiu com eles preciosos dons.
Afagado o primeiro, entregou-lhe cinco “talentos”, notificando:
— Conduze contigo estes tesouros da alegria e da prosperidade. São eles
a Saúde, a Riqueza, a Habilidade, o Discernimento e a Autoridade. Multiplica-os,
aonde fores, em benefício dos meus filhos e teus irmãos que, em situação
inferior à tua, avergados ao solo do planeta a quem levarás minhas bênçãos,
se esforçam mais intensamente.
Ao segundo servidor passou dois “talentos”, acentuando:
— Transporta contigo esta duas preciosidades, que se destinam ao esclarecimento
e auxílio do mundo a que te diriges. São ambas, a Inteligência e o Poder.
Estende estes patrimônios respeitáveis às minhas construções eternas.
Ao terceiro, confiou apenas um “talento”, aclarando, cuidadoso :
— Apossa-te desta lâmpada sublime e segue. É a Dor, o dom celeste da
iluminação espiritual. Acende-a em teu campo de trabalho, em favor de ti mesmo
e dos semelhantes. Seus raios abrem acesso aos tabernáculos divinos.
Em seguida, fixou os três colaboradores que partiam e explicou:
— Aguardá-los-ei de regresso, para as contas.
O tempo correu, célere, e veio o dia em que os mensageiros voltaram ao
pátrio lar.
O Soberano esperava-os no pórtico, esperançoso e feliz.
Findas as saudações usuais, o primeiro enviado adiantou-se e entregou-lhe
dez “talentos”, relacionando :
— Senhor, eis tuas dádivas multiplicadas. Deste-me cinco e restituo-as em
dobro. Respeitando a Saúde, adquiri o Tempo; espalhando a Riqueza, aliciei
a Gratidão; usando a Habilidade, recebi a Estima; movimentando o Discernimento,
conquistei o Equilíbrio, e distribuindo a Autoridade em teu nome,
ganhei a Ordem. O teu plano de júbilo e evolução foi executado.
O Justo abençoou-o e explicou: Já que foste fiel nestes negócios de pouca monta, conceder-te-ei a intendência
de importantes interesses de minha casa.
Aproximou-se o segundo e depositou-lhe nas mãos quatro “talentos”,
informando:
— Senhor, recebe teus haveres multiplicados. Elevando a Inteligência obtive
o Trabalho e, submetendo o Poder à tua vontade sábia, atraí o Progresso. A
tua expectativa de instrução e ajuda no meu setor de atividade foi atendida.
O Pai louvou-lhe a conduta e falou, contente: Já que revelaste lealdade no “pouco”, ser-te-á conferido o “muito” das
grandes tarefas.
Logo após, acercou-se o terceiro e último servo da expedição e, devolvendo,
intacto, o patrimônio que recebera, notificou:
— Senhor, recolhe de volta a indesejável herança que me deste... Sei que és
austero e exigente, que colhes o que não semeias e que ordenas por toda parte...
Experimentando enorme dificuldade para aguentar a carga que me puseste nos
ombros e temendo-te o juízo, escondi-a na terra e reponho-a, agora, em tuas
mãos... Esta dádiva é um fardo difícil de carregar... Constituiu-se desagradável
recordação por onde passei, estorvou-me os desejos e, de modo algum, desejaria
possuí-la, outra vez. É impossível obter lucros ou vantagens com semelhante
obstáculo. Retoma, pois, teu estranho e insuportável depósito!...
O Poderoso contemplou-o, triste, e falou, enérgico: Servo mau e infiel, como poderias multiplicar minha benção se nem ao
menos te deste ao esforço de examiná-la? Como iluminar o caminho se mantiveste
a lâmpada apagada? Tua ociosidade transformou alguns gramas de serviço
benéfico em várias toneladas de angústia que doravante pesarão sobre ti. Criaste
fantasmas que nunca existiram, multiplicaste preocupações e receios que te
levaram a gritar e espernear como simples tolo, no avançado círculo de minhas
obras... Por fim, atiraste-me o tesouro ao pântano do desespero e da revolta e
vens comentar o temor e o zelo que minha presença te infunde, quando foste
tão-somente preguiçoso e insensato! A Dor era a tua oportunidade sagrada e
única de iluminação ao próprio caminho, para que a tua claridade amparasse
os companheiros de luta regenerativa e salutar. Repeliste o dom que te confiei...
Volta, portanto, à sombra e à desesperação que abraçaste!...
E o servo, que se perdera pela imprevidência e pela inconformação, somente
entendeu o sublime valor da lâmpada do sofrimento quando se viu sozinho
e desamparado, nas trevas exteriores." -( FEB - EADE )-
Estudo do Livro dos Espíritos
501. Por que é oculta a ação dos Espíritos sobre a nossa
existência e por que, quando nos protegem, não o
fazem de modo ostensivo?
“Se vos fosse dado contar sempre com a ação deles,
não obraríeis por vós mesmos e o vosso Espírito não progrediria.
Para que este possa adiantar-se, precisa de experiência,
adquirindo-a frequentemente à sua custa. É necessário
que exercite suas forças, sem o que, seria como a criança a quem não consentem que ande sozinha. A ação
dos Espíritos que vos querem bem é sempre regulada de
maneira que não vos tolha o livre-arbítrio, porquanto, se
não tivésseis responsabilidade, não avançaríeis na senda
que vos há de conduzir a Deus. Não vendo quem o ampara,
o homem se confia às suas próprias forças. Sobre ele, entretanto,
vela o seu guia e, de tempos a tempos, lhe brada,
advertindo-o do perigo.”
Que a graça e a paz sejam conosco!
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