sexta-feira, 16 de junho de 2017

Lembrando a Parábola * Irmão X


“Guardando o mistério da fé numa consciência pura.”  - Paulo - ( I Timóteo, 3:9 )




Amados irmãos, bom dia!
"É imprescindível guardar a fé e a crença em sentimentos puros. Sem isso, o homem oscilará, na intranquilidade, pela insegurança do mundo  íntimo. A consciência obscura ou  tisnada inclina­-se, invariavelmente, para as retificações dolorosas, em cujo serviço podem nascer novos débitos, quando a criatura se caracteriza pela vontade frágil e enfermiça. O divino mistério da fé viva é problema de consciência cristalina. Trabalhemos, portanto, por apresentarmos ao Pai a retidão e a pureza dos pensamentos." -( Vinha de Luz - Chico Xavier / Emmanuel )- 






"Ao enviar três servos de confiança para servi-Lo em propriedade distante, onde outros milhares de trabalhadores, em diversos degraus da virtude e da sabedoria, lavravam a terra em louvor de tua grandeza divina, o Supremo Senhor chamou-os à sua presença e distribuiu com eles preciosos dons. 

Afagado o primeiro, entregou-lhe cinco “talentos”, notificando: — Conduze contigo estes tesouros da alegria e da prosperidade. São eles a Saúde, a Riqueza, a Habilidade, o Discernimento e a Autoridade. Multiplica-os, aonde fores, em benefício dos meus filhos e teus irmãos que, em situação inferior à tua, avergados ao solo do planeta a quem levarás minhas bênçãos, se esforçam mais intensamente. Ao segundo servidor passou dois “talentos”, acentuando: — Transporta contigo esta duas preciosidades, que se destinam ao esclarecimento e auxílio do mundo a que te diriges. São ambas, a Inteligência e o Poder. Estende estes patrimônios respeitáveis às minhas construções eternas. Ao terceiro, confiou apenas um “talento”, aclarando, cuidadoso : — Apossa-te desta lâmpada sublime e segue. É a Dor, o dom celeste da iluminação espiritual. Acende-a em teu campo de trabalho, em favor de ti mesmo e dos semelhantes. Seus raios abrem acesso aos tabernáculos divinos. 

Em seguida, fixou os três colaboradores que partiam e explicou: — Aguardá-los-ei de regresso, para as contas. O tempo correu, célere, e veio o dia em que os mensageiros voltaram ao pátrio lar. O Soberano esperava-os no pórtico, esperançoso e feliz. Findas as saudações usuais, o primeiro enviado adiantou-se e entregou-lhe dez “talentos”, relacionando : — Senhor, eis tuas dádivas multiplicadas. Deste-me cinco e restituo-as em dobro. Respeitando a Saúde, adquiri o Tempo; espalhando a Riqueza, aliciei a Gratidão; usando a Habilidade, recebi a Estima; movimentando o Discernimento, conquistei o Equilíbrio, e distribuindo a Autoridade em teu nome, ganhei a Ordem. O teu plano de júbilo e evolução foi executado. O Justo abençoou-o e explicou:  Já que foste fiel nestes negócios de pouca monta, conceder-te-ei a intendência de importantes interesses de minha casa. Aproximou-se o segundo e depositou-lhe nas mãos quatro “talentos”, informando: — Senhor, recebe teus haveres multiplicados. Elevando a Inteligência obtive o Trabalho e, submetendo o Poder à tua vontade sábia, atraí o Progresso. A tua expectativa de instrução e ajuda no meu setor de atividade foi atendida. O Pai louvou-lhe a conduta e falou, contente:  Já que revelaste lealdade no “pouco”, ser-te-á conferido o “muito” das grandes tarefas. Logo após, acercou-se o terceiro e último servo da expedição e, devolvendo, intacto, o patrimônio que recebera, notificou: — Senhor, recolhe de volta a indesejável herança que me deste... Sei que és austero e exigente, que colhes o que não semeias e que ordenas por toda parte... Experimentando enorme dificuldade para aguentar a carga que me puseste nos ombros e temendo-te o juízo, escondi-a na terra e reponho-a, agora, em tuas mãos... Esta dádiva é um fardo difícil de carregar... Constituiu-se desagradável recordação por onde passei, estorvou-me os desejos e, de modo algum, desejaria possuí-la, outra vez. É impossível obter lucros ou vantagens com semelhante obstáculo. Retoma, pois, teu estranho e insuportável depósito!... O Poderoso contemplou-o, triste, e falou, enérgico:  Servo mau e infiel, como poderias multiplicar minha benção se nem ao menos te deste ao esforço de examiná-la? Como iluminar o caminho se mantiveste a lâmpada apagada? Tua ociosidade transformou alguns gramas de serviço benéfico em várias toneladas de angústia que doravante pesarão sobre ti. Criaste fantasmas que nunca existiram, multiplicaste preocupações e receios que te levaram a gritar e espernear como simples tolo, no avançado círculo de minhas obras... Por fim, atiraste-me o tesouro ao pântano do desespero e da revolta e vens comentar o temor e o zelo que minha presença te infunde, quando foste tão-somente preguiçoso e insensato! A Dor era a tua oportunidade sagrada e única de iluminação ao próprio caminho, para que a tua claridade amparasse os companheiros de luta regenerativa e salutar. Repeliste o dom que te confiei... Volta, portanto, à sombra e à desesperação que abraçaste!... E o servo, que se perdera pela imprevidência e pela inconformação, somente entendeu o sublime valor da lâmpada do sofrimento quando se viu sozinho e desamparado, nas trevas exteriores." -( FEB - EADE )-





Estudo do Livro dos Espíritos






501. Por que é oculta a ação dos Espíritos sobre a nossa existência e por que, quando nos protegem, não o fazem de modo ostensivo? 

“Se vos fosse dado contar sempre com a ação deles, não obraríeis por vós mesmos e o vosso Espírito não progrediria. Para que este possa adiantar-se, precisa de experiência, adquirindo-a frequentemente à sua custa. É necessário que exercite suas forças, sem o que, seria como a criança a quem não consentem que ande sozinha. A ação dos Espíritos que vos querem bem é sempre regulada de maneira que não vos tolha o livre-arbítrio, porquanto, se não tivésseis responsabilidade, não avançaríeis na senda que vos há de conduzir a Deus. Não vendo quem o ampara, o homem se confia às suas próprias forças. Sobre ele, entretanto, vela o seu guia e, de tempos a tempos, lhe brada, advertindo-o do perigo.”




Que a graça e a paz sejam conosco!

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